4.3. Digitalização de culturas agrícolas para conversão em sequestradores de CO2

A monitorização precisa e digital dos diferentes parâmetros das culturas e das actividades agrícolas, através de uma sensorização adequada, permite otimizar os processos e a tomada de decisões. Permitiria também a rastreabilidade dos seus impactos ambientais, bem como a sua quantificação, com a pegada de CO2, a pegada hídrica, a pegada da poluição difusa, etc.

As actividades agrícolas podem ser consideradas como uma fonte de sequestro de carbono (solo, árvores, etc.) e de fixação de pessoas em territórios de baixa densidade. Para isso, é necessário compreender os “trade offs” associados a estes tipos de atividade e fazer o balanço adequado.

Esta ação propõe monitorizar diferentes parcelas como ponto preliminar para a calibração dos satélites. Serão estudadas parcelas de 3 tipos de pastagem (natural, biodiversa rica em leguminosas e biodiversa rica em gramíneas), de árvores de fruto (figueiras e amendoeiras, intensivas e super-intensivas) e de olival. 

Uma série histórica da textura e da estrutura das parcelas será elaborada por satélite (satélites ópticos e de radar). Será efectuada uma análise do solo, com medição da condutividade eléctrica, humidade e temperatura a diferentes profundidades, avaliação da produção de biomassa em 4 datas (outono, inverno, início e fim da primavera) para compreender o impacto de cada cultura na pegada ambiental, e um cálculo das reservas de carbono; com estes dados, será efectuada uma modelização das relações entre os satélites e as reservas de carbono e os modelos serão validados noutras áreas não amostradas.

Graças à base de dados gerada nas acções 4.1 e 4.2, será possível, com algoritmos testados/desenvolvidos e sensorização, contribuir com dados concretos sobre o sequestro de carbono, e assim agir em benefício do solo, da água, das plantas e dos animais.    

Responsável: UEVORA
Participantes: CICYTEX, INIAV, SFCOLAB

 

 

Os trabalhos desenvolvidos no âmbito desta ação foram divulgados em: